domingo, 18 de dezembro de 2016

NATAL: CELEBRAR OU NÃO CELEBRAR


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INTRODUÇÃO

A. Já faz muito tempo que a celebração do Natal de Cristo tornou-se motivo de não pequena desavença entre os cristãos.

B. Por motivos não bíblicos, muitos que se chamam cristãos têm não apenas desistido de celebrar o Natal, mas têm também se envolvido numa campanha contra a celebração do Natal de Jesus. Muitos desses, todavia, não se sentem constrangidos de celebrarem festas judaicas como a Páscoa e a festa dos Tabernáculos, apesar do Novo Testamento ensinar claramente contra tais práticas, conforme —

Romanos 10:4

Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê.

C. As pessoas que são contra a celebração do Natal, geralmente, assumem um ar de pessoas superiores quando se comparam com aqueles que eles julgam como pessoas infelizes que celebram o mesmo. Então, muitas vezes, os que celebram o Natal reagem pensando que também são superiores a esses seres infelizes que não celebram o Natal. As duas atitudes estão erradas e devem ser reprovadas. A Bíblia não incentiva a arrogância, pelo contrário —

Filipenses 2:3—4

3  Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo.

4  Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros.

D. Essa condição de disputa entre cristão pede que a celebração do Natal seja esclarecida para o benefício de todos. É isso que vamos tentar fazer em nossa mensagem de hoje.

DEVEMOS OU NÃO CELEBRAR O NATAL DE CRISTO?

I. O Problema das Tradições

A. A Celebração do Natal — Nascimento de Jesus — é uma tradição da Igreja Cristã.

B. Tradições não são nem boas nem más em si mesmas, mas é fato que tradições podem degenerar. E certamente foi isso que aconteceu com a celebração do Natal.

C. Em 1647 o Parlamento Inglês controlado pelos puritanos, aboliu as celebrações natalinas em toda Inglaterra e tal proibição durou durante todo o período — 14 anos — que o puritano Oliver Cromwell governou o país.

D. Como celebrado nos dias de hoje a festa chamada “NATAL” — mesmo nome, mas motivações bem diferentes — está muito degenerada. Entre os elementos da degeneração, podemos citar dois, entre os mais importantes:

1. Materialismo: eis algumas máximas materialistas —

a. Você é o que você tem ou possui. Todavia, a Bíblia nos diz que:
Lucas 12:15
Então, lhes recomendou: Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui.
b. Mas, infelizmente, os bens materiais se tornam a fonte mais importante de satisfação nesta vida. Os bens materiais tendem a assumir personalidade de pessoas e as pessoas vão sendo cada vez mais coisificadas. É o que podemos chamar de personificação das coisas e a coisificação das pessoas.
2. Além disso, podemos notar excessivos sinais de: avareza, glutonaria, bebedeira, cobiça e inveja. Esses todos são pecados condenado há milênios —

Gálatas 5:19—21

19 Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia,

20 idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções,

21 invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.

II. A Celebração do Natal no Brasil no Século XXI.

A. Vivemos em Mundo Globalizado e Sofremos Muitas Influências.

1. Como os Estados Unidos da América são o país mais rico do mundo é apenas natural que o mundo todo seja influenciado por eles. Nos Estados Unidos a celebração do natal não guarda nenhuma relação com o nascimento de Jesus. É uma festa pagã luxuosa marcada por glutonaria, bebedeiras, libidinagens, e gastanças despropositadas. Essa influência pode ser percebida no Brasil.
2. Por exemplo, tal influência pode ser vista, na multiplicação das lojas de enfeites natalinos em nossa cidade, a iluminação natalina de casas e a decoração natalina espalhada pela cidade sob os auspícios da Prefeitura Municipal, a chamada Parada de Natal e etc. Cerca de R$ 250.000,00 do dinheiro público foi investido pela nossa Prefeitura para bancar essas festividades. É bom sempre enfatizar que nada disso guarda qualquer relação com o verdadeiro Natal do Senhor Jesus.
B. Outra grande influência, essa bem mais antiga, é a mercantilização do natal — Primeiros sinais surgiram nos Estados Unidos da América no século XIX. A moda se espalhou rapidamente pelo Hemisfério Norte até tornar-se uma tradição na maioria dos países.

III. Entra em Cena o Papai Noel.

A. Existem tradições cristãs muito antigas que fazem referência a este personagem moderno que chamamos de “Papai Noel”.

1. A mais antiga tradição cristã está atrelada a Nicolau que foi Bispo da cidade de Mira na região onde fica a Turquia Moderna.
2. Tendo herdado considerável fortuna de seus pais, esse bispo costumava no final de cada ano presentear as crianças mais desfavorecidas de sua diocese com presentes.
B. Surge o Papai Noel do século XX.

1. Na década de 1930 a “The Coca-Cola Company” encomendou ao pintor estadunidense Haddon Sundblom a criação de uma série de pinturas que pudessem ser utilizadas pela empresa para promover seus produtos durante os festejos de final de ano. Esse trabalho foi desenvolvido durante as décadas de 30, 40 e 50.

2. O artista produziu 26 pinturas à óleo. A vasta maioria mostrava uma versão piegas ou sentimental de “Papai Noel” saboreando uma Coca-Cola. Seguem exemplos —

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3. Esta é a imagem do “Papai Noel” que temos hoje em dia. Sua origem é bem conhecida. Não surge da tradição cristã e sim de uma campanha promocional da “Coca-Cola”.

IV. A Transmutação do “Papai Noel”.

A. A Imagem de Papai Noel cresce, ano a ano, na mesma proporção que o Senhor Jesus é diminuído ano a ano.

B. Tudo contribui para que este movimento seja bem sucedido: Filmes de Hollywood, seriados enlatados, novelas brasileiras e etc.

C. Jesus é visto cada vez menos e menos como aquele que reina sobre o mundo espiritual enquanto que Papai Noel é visto cada vez mais e mais como aquele que reina sobre o mundo material — que é o mundo que realmente importa para a maioria das pessoas.

D. De acordo com as condições que temos hoje, o Papai Noel:

1. Está presente em todos os lugares todo o tempo – é, portanto, onipresente.
2. Consegue ouvir todas as orações que lhe são dirigidas bem como ler todas as cartas que lhe são encaminhadas. É, portanto, onisciente.
3. Tem um saco de presentes que não tem fundo e consegue satisfazer a todos os desejos que as pessoas têm. É, portanto, onipotente.
4. Nas palavras de uma professora da Escola Pingo de Gente aqui em São João: Papai Noel é Deus!
E. Quanta blasfêmia, que vergonha, que horror.

V. Devemos ou Não Celebrar o Natal?

A. Muitos crentes não celebram o Natal, porque não conseguem fazê-lo de forma independente do que rola mundo afora. É mesmo uma pena.

B. Alguns adotam posturas realmente ridículas celebrando a Páscoa Judaica e a Festa dos Tabernáculos, mas não celebram o Natal de Jesus!

C. Somos livres em Cristo para adotar ou não adotar a celebração de qualquer tradição cristã.

D. Pecamos gravemente quando nos consideramos melhores que outros crentes quando não celebramos algo que eles estão celebrando.

E. Pecamos gravemente quando nos consideramos melhores que outros crentes quando celebramos algo que eles não estão celebrando. Ou vice versa.

VI. A Verdadeira Celebração do Natal.

A. Não tem nada a ver com uma data específica. Celebramos o evento do nascimento do Salvador e não guardamos uma data específica.

B. Não tem nada a ver com aspectos culturais como árvores, enfeites, toalhas de mesa e etc. Uma leitura da narrativa do Natal, especialmente a que encontramos em Lucas 2, deixa isso bem claro e evidente.

C. Definitivamente não tem nada a ver com esta imagem mítica que chamamos de “Papai Noel”. Imagens de “Papai Noel” são verdadeiras afrontas a Deus e devem ser removidas pelo que simbolizam: um ser todo-poderoso. Isto Deus realmente não tolera.

D. Mas o Natal, tem a ver sim com a atitude do nosso coração. De nos aproximarmos com reverente adoração deste menino chamado Jesus de quem conhecemos a graça, que, sendo rico, se fez pobre por amor de nós, para que, pela sua pobreza, nos tornássemos ricos —

2 Coríntios 8:9

Pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos.

Que Deus abençoe e todos. 

Alexandros Meimaridis

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