sábado, 16 de julho de 2016

PECADOS QUE PODEM NOS DESTRUIR POR COMPLETO – PARTE 010 — DESEJOS INDULGENTES OU PECAMINOSOS

Essa é uma série na qual pretendemos, dentro do possível, discutir alguns dos mais insidiosos pecados que ameaçam nossas almas. Trata-se de ações ou reações que caracterizam um coração perverso diante de Deus, algo com o que muitos personagens bíblicos tiveram que lutar, mas que pela graça de Deus conseguiram vencer. Nós também, como seres humanos iguais a eles estamos sujeitos a enfrentar esses mesmos pecados e temos que entender como essas situações funcionam, para poder lançar mão da graça de Deus e vencer as mesmas. A DÈCIMA questão que devemos analisar é: 

10. Desejos Indulgentes


Este é um estudo dedicado a todos os desigrejados.

Quando o assunto são desejos indulgentes ou os desejos pecaminosos que temos de satisfazer a vontade da nossa carne, as palavras do apóstolo Paulo nos servem de excelente advertência —


Romanos 6:12—13

12 Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões;

13 nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniquidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça. 

O contexto de Romanos 6 nos fala da grande realidade como o poder derivado da ressurreição de Jesus é suficiente para capacitar os pecadores — nós — a fim de obedecerem à ordem divina que nos manda aborrecer o mal e nos apegar e amar o bem. Esse poder para obediência é a manifestação da graça divina em nossas vidas. A maravilhosa graça de Deus que perdoa, anula e oblitera por completo nossos pecados diante da presença de Deus, e isso, por toda a eternidade. A graça de Deus, desse modo, se levanta contra todas as possibilidades, recursos e meios que a criatura humana pode imaginar possuir, ou mesmo aquelas que pode criar e desenvolver, para se aproximar e ser aceito por Deus, e assim, ganhar a vida eterna.

Assim é a graça de Deus: perturbadora para os arrogantes, incompreensível para os enfatuados, inaceitável para os orgulhosos, inadmissível para os pretensiosos, mas gloriosa para aqueles a quem Deus concede a fé! 

A graça transcende a tudo quanto os homens possam criar ou produzir porque ela procede de Deus. Todas as vezes que tentamos enquadrar o Evangelho da graça em normas e preceitos criados por nós mesmos e condicionando a sua aceitação a critérios denominacionais ou eclesiásticos, então estaremos, na realidade, traindo a Cristo. 

É apenas pela graça que o ser humano pode compreender sua própria origem divina — somos criaturas de Deus —  algo que, por sua vez,  o capacita a aceitar a oferta graciosa de Deus representada pelo sacrifício expiatório do Senhor Jesus a nosso favor. É pelo poder que nos é outorgado pela ressurreição de Cristo, que temos as forças necessárias para nos colocar integralmente à disposição de Deus, e de Deus somente. 

Por outro lado, quando cedemos a qualquer desejo pecaminoso nossa confiança em Jesus fraqueja e negamos a promessa de Jesus, que encontramos em — 

João 6:35

Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede. 

Deve ficar claro que, quando confiamos no Senhor todas as nossas necessidades, mesmo as mais profundas, encontram plena satisfação. Por outro lado, quando nos esquecemos do Senhor e das Suas promessas, nós impedimos que Ele nos mostre o caminho da vida que nos permite experimentar a alegria eterna desfrutada pelo próprio Deus —


Salmos 16:8, 11

8 O SENHOR, tenho-o sempre à minha presença; estando ele à minha direita, não serei abalado.

11 Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente.


Quando acreditamos e conformamos nosso andar diário a promessas como essa acima, então um sentimento de profunda alegria brota dos nossos corações. E Deus irá nos revelar qual deverá ser nosso próximo passo. Somente assim poderemos entender o verdadeiro significado das palavras de Jesus, quando disse —

João 4:34

Disse-lhes Jesus: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra. 

Quando a alegria em fazer a vontade de Deus for maior que a necessidade que temos pelo alimento, por exemplo, então iremos experimentar a mais doce e profunda comunhão com nosso Criador, Senhor e Salvador.


Todas as vezes que optarmos por fazer a vontade do Senhor e nos conformamos com a mesma, Ele nos promete desfrutar duma alegria indizível e nos ajuda a substituir a satisfação impura e fugaz que os maus desejos podem nos proporcionar. 

Todas as passagens citadas até aqui nessa lista de Dez Pecados que Podem Destruir Nossas Vidas por Completo são representativas daquilo que a Bíblia chama de Espada do Espírito em —

Efésios 6:17

Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus.


Quando lutamos contra nossa incredulidade e começamos a acreditar nas promessas do Senhor como um instrumento eficaz contra esses terríveis pecados, logo descobrimos essa verdade acerca da Palavra de Deus —
  
Hebreus 4:12

Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração. 

Somente Deus tem o poder necessário para nos ajudar a subjugar aquilo que o apóstolo Paulo chamou de a lei do pecado e da morte 

Romanos 7:23—25 na NTLH

23 Mas vejo uma lei diferente agindo naquilo que faço, uma lei que luta contra aquela que a minha mente aprova. Ela me torna prisioneiro da lei do pecado que age no meu corpo.

24 Como sou infeliz! Quem me livrará deste corpo que me leva para a morte?

25 Que Deus seja louvado, pois ele fará isso por meio do nosso Senhor Jesus Cristo! Portanto, esta é a minha situação: no meu pensamento eu sirvo à lei de Deus, mas na prática sirvo à lei do pecado. 

Todavia, Deus irá conceder essa libertação somente para aqueles que decidirem, claramente em suas mentes, lutar contra o pecado que tenazmente nos assedia. Tal libertação é para todos aqueles que não amam a si mesmos mais do que amam ao Senhor. Para os que se empenharem em buscar o Senhor, viver para Ele e colocá-Lo em primeiro lugar em suas vidas. Para aqueles que se mantêm vigilantes contra todas as formas de incredulidade que se levantam para nos tentar a deixar de confiar em Deus. Existe outra referência pertinente a toda essa situação —

Romanos 11:19—22

19 Dirás, pois: Alguns ramos foram quebrados, para que eu fosse enxertado.

20 Bem! Pela sua incredulidade, foram quebrados; tu, porém, mediante a fé, estás firme. Não te ensoberbeças, mas teme.

21 Porque, se Deus não poupou os ramos naturais, também não te poupará.

22 Considerai, pois, a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas, para contigo, a bondade de Deus, se nela permaneceres; doutra sorte, também tu serás cortado. 

Mas esses versos não devem nos conduzir a pensar, de forma equivocada, que o empenho ao qual acabamos de nos referir, seja fruto de nossa própria vontade e determinação. Pois as Escrituras são claras quando afirmam que é o próprio Deus quem opera em nós, para nos ajudar tanto a querer, quanto a realizar Sua perfeita vontade —

Filipenses 2:13

Porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade. 

É o Senhor quem nos motiva positivamente, sempre com bênçãos que vão muito além do que podemos imaginar —

Efésios 3:20—21

20 Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós,

21 a ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém! 

O cuidado de Deus é mesmo maravilhoso. Por outro lado, não podemos deixar de mencionar sua severidade sobre os incrédulos, conforme — 

Romanos 11:22a

Considerai, pois, a bondade e a severidade de Deus. 

Sempre que valorizamos as promessas de Deus e tememos suas ameaças, nós trabalhamos de modo diligente a favor da nossa salvação, procurando desenvolver a mesma de acordo com a instrução que encontramos em — 

Filipenses 2:12

Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor. 

Certamente, às vezes, nossos corações ficam indiferentes no que diz respeito tanto as promessas, quanto às ameaças de Deus, mas sempre podemos mudar nossas atitudes com a graça de Deus. Se nos dedicarmos a orar para que estejamos atentos tanto à bondade de Deus, manifestada em Suas promessas, como a severidade de Deus, manifestada em Suas ameaças, então, nosso desejo de comunhão obediente com Ele se tornará mais forte. 

A existência dum grupo, mesmo pequeno de crentes, que se reúne para falar da nossa luta permanente contra o pecado e, para nos instruir mutuamente, é certamente semelhante aos muitos grupos que existiam nos dias da igreja primitiva, durante os três primeiro séculos, aos quais o autor da epístola aos Hebreus dirigiu estas palavras — 

Hebreus 3:12—13

12 Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo;

13 pelo contrário, exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado.    


Quando nos afastamos de Deus somos culpados tanto de deserção quanto de traição. O único remédio para evitar esse caminho é o da exortação mútua. Os cristãos são como brasas numa fogueira. Quando estão juntos o fogo e calor comum os mantêm acesos, mas quando se afastam uns dos outros esfriam, arrefecem e definham em seu calor. 

Hoje em dia, infelizmente, a correria da vida moderna e todos os recursos que ela nos proporciona, acabaram por nos afastar uns dos outros e a maioria dos cristãos se contenta com aparecer em apenas uma reunião semanal e, mesmo nisso, sem serem muito frequentes. Com isso, estou dizendo que: se desejamos ser obedientes a Deus, de acordo com os versos de Hebreus acima — ver também 

Hebreus 10:24—25

24 Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras.

25 Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima. 

e manter um grupo de comunhão e estudos bíblicos onde possamos nos estimular à obediência à Palavra de Deus e às boas obras, então, nós precisamos nos empenhar nesse sentido e nos reunir com regularidade.

OUTROS ARTIGOS DE PECADOS QUE PODEM DESTRUIR NOSSAS ALMAS
Estudo 001 — A FALSA CULPA

Estudo 002 — A ANSIEDADE

Estudo 003 — O REMORSO

Estudo 004 — A AMBIÇÃO

Estudo 005 — A AMARGURA

Estudo 006 — A INVEJA E O CIÚME

Estudo 007 — A IMPACIÊNCIA — PARTE 001

Estudo 007 — A IMPACIÊNCIA — PARTE 002

Estudo 007 — A IMPACIÊNCIA — PARTE 003

Estudo 007 — A IMPACIÊNCIA — PARTE 004 – FINAL

Estudo 008 — APATIA E DESÂNIMO — PARTE 001

Estudo 008 — APATIA E DESÂNIMO — PARTE 002

Estudo 008 — APATIA E DESÂNIMO — PARTE 003

Estudo 008 — APATIA E DESÂNIMO — PARTE 004

Estudo 009 — A AUTOADULAÇÃO — PARTE 001

Estudo 009 — A AUTOADULAÇÃO — PARTE 002

Estudo 010 — DESEJOS INDULGENTES OU PECAMINOSOS
Que Deus nos abençoe a todos.   

Alexandros Meimaridis 

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Desde já agradecemos a todos.             

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