sexta-feira, 11 de março de 2016

TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO — ESTUDO 009 — A IMPORTANTE DISTINÇÃO ENTRE TEOLOGIA E RELIGIÃO — PARTE 002




Esse é um estudo especial que irá abordar temas de grande interesse, tais como: 1. Deus 2. Os seres humanos e o mundo criado 3. Jesus e Sua missão como o CRISTO. 4. O Espírito Santo. 5. A vida cristã. 6. A Igreja. 7. O futuro e etc. Esperamos que a mesma possa ajudar todos os nossos leitores a conhecerem melhor o que o Novo Testamento ensina acerca de tudo o que nos é importante.

INTRODUÇÃO GERAL

CONTINUAÇÃO:

A IMPORTANTE DISTINÇÃO ENTRE TEOLOGIA E RELIGIÃO — PARTE 002

A expressão teologia é, geralmente, menos abrangente do que a expressão religião. Isso é particularmente verdadeiro, quando usamos essa expressão num contexto cristão. Enquanto a expressão teologia não está restrita à doutrina, temos a tendência de entender a mesma como fazendo referência a algum sistema de crenças. Por outro lado, os conceitos envolvidos pela expressão religião são bem mais abrangentes e incluem não apenas crenças doutrinárias, mas tudo o que se relaciona com a vida religiosa das pessoas. Isso nos leva a perguntar o seguinte: até que ponto um conceito mais abrangente é útil e até mesmo válido quando estamos lidando com a teologia do Novo Testamento? Em primeiro lugar nós devemos afirmar que tal uso sempre cria uma sensação de vazio. Dizemos isso porque a combinação resultante — religião do Novo testamento — produz uma confusão enorme porque junta, num único tacho, um monte de ideias desconectadas umas das outras, as quais contribuíram, de um modo ou de outro, para a vida religiosa da Igreja Primitiva. Desse modo, a expressão religião do Novo Testamento não revela nenhum interesse em procurar estabelecer as relações existentes entre os temas mais diversos que encontramos no Novo Testamento, mas torna-se apenas um verdadeiro caleidoscópio das experiências e das atividades dos cristãos primitivos. Todavia, por outro lado, adotar tal expressão tem suas vantagens. Ela isenta o pesquisador de ter que lidar com muitas questões delicadas, porque a mesma está interessada apenas em apresentar uma narrativa descritiva das experiências e das atividades dos cristãos primitivos.
A abordagem a favor da religião do Novo Testamento contra a ideia apresentada pela teologia do Novo Testamento está, todavia, sujeita a críticas. Primeiro porque tal abordagem não deseja produzir nenhum tipo de padrão normativo para o trabalho de pesquisa. A mesma pode ter certo valor quando analisa o contexto dos cristãos primitivos, mas não devemos pressupor disso que ela tenha qualquer valor para os cristãos dos séculos posteriores. No máximo, tal abordagem reflete o interesse de um antiquário por materiais antigos. Como resultado disso, tal abordagem é incapaz de produzir qualquer resultado que seja autoritativo. Ela não consegue enxergar o Novo Testamento como revelação de Deus e, portanto, válido para todas as épocas. Também procura reduzir todo o Novo Testamento a algo parecido com a busca dos seres humanos por Deus durante os dois primeiros séculos da Era Cristã, algo que pode até ser repetido, em parte, nos séculos posteriores.

O estudo da teologia do Novo Testamento entende que todo o conteúdo dos ensinamentos que encontramos no Novo Testamento representam uma permanente revelação da parte de Deus, e que os mesmos se concentram naquilo que Deus tem para dizer aos seres humanos, em vez de se ocupar com aquilo que os seres humanos fizeram e continuam fazendo em sua alegada busca por Deus. Assim temos que: se uma revelação divina, do tipo autoritativo, encontra-se no Novo Testamento, o estudioso interessado em descobrir a verdade está circunscrito ao estudo do mesmo. Os estudiosos não têm a liberdade de escolher o que desejam e o que não desejam analisar. Todo o Novo Testamento precisa ser levado em consideração. É uma verdadeira situação de tudo ou nada. Além disso, aqueles que se dedicam a estudar o Novo Testamento precisam aceitá-lo em sua inteireza e não ficar escolhendo tópicos que lhes interessam e, com isso, desconsiderando outras partes do todo. Também não se deve concentrar num aspecto apenas — por exemplo, a Teologia do Apóstolo Paulo — excluindo todos os demais. Também não deve criar suas próprias ideias acerca da importância comparativa de diferentes ênfases. Todos os que se aproximam do Novo Testamento devem fazê-lo com a intenção de descobrir os fatores unificadores que existem no mesmo porque a revelação, por definição, não contém contradições.

Mesmo assim, nós temos que admitir que nem todos os que rejeitam a abordagem representada pela religião concordam que a abordagem feita pela teologia não representa, necessariamente, que estamos lidando com a revelação de Deus. Entres esses, muitos consideram como legítimo concentrar-se em algumas ideias ou conceitos, mas negam qualquer ideia de unidade. Mas se o Novo Testamento consiste apenas duma variedade de teologias em vez duma unidade apresentada a partir de diferentes perspectivas então, nós precisamos considerar se o valor do mesmo não está sendo modificado. Os defensores dessa abordagem acabam por colocarem-se a meio caminho entre as duas posições mencionadas no início da nossa discussão. Deve ficar evidente que a forma como o pesquisador encara o Novo Testamento terá profundo impacto no método de trabalho que ele escolher. Em estudos posteriores iremos falar acerca da centralidade da unidade para os estudos do Novo Testamento.

CONTINUA...

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Alexandros Meimaridis

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