quarta-feira, 16 de setembro de 2015

A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus – ESTUDO 011 — A ESCOLHA OU ELEIÇÃO DIVINA — EFÉSIO 1:4



NESSA SÉRIE NÓS ESTAMOS TRATANDO DE DOIS ASPECTOS IMPORTANTES ACERCA DA VERDADEIRA IGREJA: 1) A IGREJA COMO CORPO DE CRISTO; E 2) A IGREJA NO PLANO ETERNO DE DEUS. CONVIDAMOS TODOS OS NOSSOS LEITORES A ACOMPANHAREM ESSA SÉRIE E COMPARTILHAREM A MESMA COM TODOS OS SEUS CONHECIDOS, AMIGOS E IRMÃOS. OUTROS ESTUDOS DESSA SÉRIE PODERÃO SER ENCONTRADOS POR MEIO DE LINKS NO FIM DE CADA ESTUDO.

B. Assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor – Efésios 1:4.

Assim como nos escolheu nele — i.e., “em Cristo” — A expressão grega καθὼς kathòsassim como — serve para unir o verso 4 ao anterior e indica que a bênção de Deus é consistente com o fato de que Deus nos escolheu.

A escolha ou eleição divina é um dos temas mais complexos e difíceis que encontramos nas páginas das Escrituras. A grande maioria dos mestres cristãos prefere ou ignorar este tema ou quando tentam explicá-lo acabam caindo em um determinismo[1] tão cego que acaba por negar o que a Bíblia quer ensinar. Nos século XIX e XX os teólogos liberais e da chamada “Alta Crítica” evitaram discutir a doutrina da eleição como sendo algo inventado pelo apóstolo Paulo. Mas como veremos, mais adiante, Paulo não foi o único a ensinar essas verdades. Teólogos de todos os matizes têm se debatido aqui e ali com essa doutrina e nós faremos o mesmo. Quando usamos a expressão debater queremos deixar bem claro os seguintes parâmetros acerca das considerações que iremos fazer com respeito à gloriosa doutrina da escolha ou eleição divina.

1. Temos que admitir que na grande maioria das vezes, mesmo com a Bíblia, aberta diante de nós, acabamos tendemos a basear nossas convicções doutrinárias em nossas próprias idéias e não nas que nos são apresentadas nas Escrituras Sagradas.

2. Não devemos, em nenhuma hipótese, abordar o estudo da escolha ou eleição divina de forma apaixonada e muito menos de forma dogmática. Nessa questão, como veremos, não pode existir nenhum “dono da verdade”. A atitude mais correta diante de tão gloriosa verdade é a de reverência e adoração.

3. Quando nos colocamos diante de Deus para considerarmos a doutrina da escolha ou eleição divina nós precisamos compreender que estamos diante de Deus, na situação descrita pelo profeta em —

Jeremias 18:1—6

1 Palavra do SENHOR que veio a Jeremias, dizendo:

2 Dispõe-te, e desce à casa do oleiro, e lá ouvirás as minhas palavras.

3 Desci à casa do oleiro, e eis que ele estava entregue à sua obra sobre as rodas.

4 Como o vaso que o oleiro fazia de barro se lhe estragou na mão, tornou a fazer dele outro vaso, segundo bem lhe pareceu.

5 Então, veio a mim a palavra do SENHOR:

6 Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? —diz o SENHOR; eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel.

4. E mais, o apóstolo Paulo deixa bem claro que Deus não se agrada quando queremos discutir com Ele — Deus — acerca de coisas das quais não entendemos

Romanos 9:19—20

19 Tu, porém, me dirás: De que se queixa ele ainda? Pois quem jamais resistiu à sua vontade?

20 Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?! Porventura, pode o objeto perguntar a quem o fez: Por que me fizeste assim? 

O exemplo de Jó fala de forma clamorosa acerca desta verdade — ver Jó 38:1—41:34 e

Jó 42:1—6

1 Então, respondeu Jó ao SENHOR:

2 Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado.

3 Quem é aquele, como disseste, que sem conhecimento encobre o conselho? Na verdade, falei do que não entendia; coisas maravilhosas demais para mim, coisas que eu não conhecia.

4 Escuta-me, pois, havias dito, e eu falarei; eu te perguntarei, e tu me ensinarás.

5 Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem.

6 Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza.

5. O motivo porque aqueles que querem explicar nos mínimos detalhes essa doutrina fracassam é porque não querem admitir que Deus, na Bíblia, não responde a todas as nossas perguntas acerca desse assunto. Em nenhum lugar das Escrituras encontramos uma explicação filosófica ou teológica completa acerca da escolha ou eleição divina.

6. De fato o apóstolo Paulo nos diz que:

1 Timóteo 3:16

Evidentemente, grande é o mistério da piedade: Aquele que foi manifestado na carne foi justificado em espírito, contemplado por anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido na glória. 

Temos que nos recolher à nossa própria insignificância. Não podemos sequer começar a entender o mistério das duas naturezas em uma Pessoa — o Senhor Jesus Cristo — ou a santa verdade das três pessoas — Pai, Filho e Espírito Santo — num único Deus.

7. Mas nossas mentes e compreensão não são somente pequenas e finitas. São também pecaminosas e perversas. Esse é o motivo porque na história da igreja nós podemos encontrar incontáveis heresias. Muitas pessoas que não querem admitir suas limitações e nem desejam se submeter à revelação divina acabam por, seguindo as inclinações de seus próprios corações pecaminosos, inventando doutrinas heréticas que terminam por arrastar verdadeiras multidões para o erro e para a perdição eterna.

8. Temos que nos conformar, engolindo nosso orgulho e arrogância, de que somos simples criaturas, mesquinhas e desprezíveis. Não podemos ter a pretensão de que nossas mentes nanicas podem entender a mente infinita e inescrutável do Deus Eterno e Todo-Poderoso —

Romanos 11:33—36

33 Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!

34 Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro?

35 Ou quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído?

36 Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!

Note como nestes versículos não há espaço para nada que não seja Deus mesmo! 

9. Uma vez feitas estas ponderações vejamos o que a própria Bíblia nos diz acerca dessa gloriosa doutrina da escolha ou eleição divina. É fato que encontramos nas páginas da Bíblia várias afirmações que nos falam da grande verdade que Deus nos escolheu em Cristo antes da fundação do mundo conforme o versículo de Efésios 1:4 que estamos agora analisando.

Ao contrário da acusação tão comum de que a doutrina da escolha ou eleição divina não passa de uma invenção do apóstolo Paulo é no evangelho escrito pelo apóstolo João que vamos encontrar uma apresentação bastante sólida dessa verdade. Vamos começar com as colocações feitas por Jesus em João capítulo 6.

CONTINUA...


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A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 001 — A Igreja

A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 002 — A Unidade de Igreja

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A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 013 — A Escolha ou Eleição Divina — Efésios 1:4 — PARTE 003

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A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 016 — A Escolha ou Eleição Divina — Efésios 1:4 — PARTE 006

A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 017 — A Escolha ou Eleição Divina — Efésios 1:4 — PARTE 007 — O Mundo Nos Odeia

A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 018 — A Escolha ou Eleição Divina — Efésios 1:4 — PARTE 008 — Por que O Mundo Nos Odeia

A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 019 — As Desculpas para Rejeitar a Jesus e o Evangelho da Graça — PARTE 001

A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 020 — As Desculpas para Rejeitar a Jesus e o Evangelho da Graça — PARTE 002

A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 021 — As Desculpas para Rejeitar a Jesus e o Evangelho da Graça — PARTE 003
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/01/a-igreja-como-corpo-de-cristo-e-no_6.html

Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

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Desde já agradecemos a todos.



[1] O Dicionário Aurélio Século XXI define “Determinismo”, como: a Relação entre os fenômenos pela qual estes se acham ligados de modo tão rigoroso que, a um dado momento, todo fenômeno está completamente condicionado pelos que o precedem e acompanham, e condiciona com o mesmo rigor os que lhe sucedem. Se relacionado a fenômenos naturais, o determinismo constitui o princípio da ciência experimental que fundamenta a possibilidade de busca de relações constantes entre os fenômenos; se se refere a ações humanas e a decisões da vontade, entra em conflito com a possibilidade da liberdade.  

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