terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

NOSSA RIQUEZA EM CRISTO — ESTUDO 030D — EFÉSIOS 1:3 - A BÊNÇÃO COM QUE SOMOS ABENÇOADOS EM CRISTO — PARTE 004 — O ENSINAMENTO BÍBLICO ACERCA DO CÉU


Esse artigo é parte da série "Em Cristo" e é muito recomendável que o leitor procure conhecer todos os aspectos das verdades contidas nessa série, com aplicações para os nossos dias. No final do artigo você encontrará um link para o estudo posterior

Efésios 1:3 — Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo.

CONTINUAÇÃO...

Esta era a visão que o mundo antigo tinha dos céus. Tudo muito bem “explicadinho” para que Hermes não se perdesse em sua viagem astral. Estas interpretações, apesar de visivelmente fantasiosas, continuam presentes nos nossos dias em todas as formas de espiritismo[1] que continuam ensinando as mesmas antigas “ficções” de que os seres humanos evoluem para baixo e para cima por meio de sucessivas reencarnações através do espaço sideral. E o espiritismo kardecista ainda tem a coragem de se considerar religião e verdadeira ciência!

Mas o que é que a Bíblia ensina? Em primeiro lugar devemos destacar que, diferentemente das religiões humanas da antiguidade que procuravam explicar aos seus iniciados, nos mínimos detalhes, as questões mais profundas que um ser humano pode fazer — Quem sou? De onde eu vim? Por que estou aqui? Para onde vou? — a revelação bíblica é bastante discreta e sóbria não elaborando detalhes acerca da vida futura. De fato, ao contrário de Osíris que podia “desvendar todas as coisas”, o que é um desejo humano perene, o Deus da Bíblia tem reservado certas coisas, exclusivamente, para seu próprio conhecimento —

Deuteronômio 29:29

As coisas encobertas pertencem ao SENHOR, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei.

Infelizmente não são poucos os modernos evangélicos que alegam ter recebido visões acerca da vida futura e que incluem até “tours”, guiados pelo próprio Senhor Jesus, tanto pelos céus, bem como pelo próprio inferno. Que vergonha.

No Antigo Testamento a palavra usada para céu — mesmo quando traduzida no singular em nossa versão de Almeida Revista e Atualizada — ver, por exemplo, Gênesis 7:19 — está sempre no plural. Isto não quer dizer que os autores bíblicos do Antigo Testamento tinham uma visão de que a estrutura do universo consistia de vários céus que formavam esferas concêntricas, umas em cima das outras, como as camadas de uma cebola cortada pela metade. Analisando os versículos do Antigo Testamento onde a expressão hebraica הַשָּׁמַיִם hasshamayim — os céus aparece, podemos deduzir que no Antigo Testamento a revelação de Deus indicava a existência de, pelo menos dois céus, e possivelmente três —

1 Reis 8:27

Mas, de fato, habitaria Deus na terra? Eis que os céus e até o céu dos céus não te podem conter, quanto menos esta casa que eu edifiquei.

Esdras 9:6

E disse: Meu Deus! Estou confuso e envergonhado, para levantar a ti a face, meu Deus, porque as nossas iniquidades se multiplicaram sobre a nossa cabeça, e a nossa culpa cresceu até aos céus.

Mas a informação que temos não nos permite definir um número preciso.

No Novo Testamento a expressão grega οὐρανὸςouranòs — céu, no singular, é usada tanto para descrever o local onde está o trono de Deus, quanto o espaço onde os pássaros voam —

Mateus 5:34

Eu, porém, vos digo: de modo algum jureis; nem pelo céu, por ser o trono de Deus.

Mateus 6:26

Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves?
Por sua vez a expressão que Paulo usa em Efésios 1:3 é πουρανίοις epouraníois e a mesma é traduzida por “lugares celestiais”, o que por si só já indica a existência, ao menos conceitual, de pelo menos dois céus ou lugares distintos que podem ser chamados de “céu”. Mas o próprio apóstolo Paulo nos fala em 2 Coríntios 12:1—4 que um homem — a modéstia não lhe permite usar seu próprio nome — se no corpo ou fora do corpo, somente Deus sabe, foi arrebatado até ao terceiro céu, chamado de paraíso, onde ouviu palavras inefáveis — que não podem ser pronunciadas — as quais não é lícito ao homem referir. Assim, a revelação no Novo Testamento nos ensina que existem três céus, pelo menos. Se o terceiro céu mencionado por Paulo for onde está o trono de Deus — Paulo chama o terceiro céu de Paraíso, mas não faz menção à presença de Deus — então existem somente três céus. Se o trono de Deus não está no terceiro céu então existirão tantos céus quanto tiverem que existir até que cheguemos ao céu onde o trono de Deus está. O apóstolo João, na revelação que recebeu do Senhor Jesus - o livro do Apocalipse — foi chamado ao céu — οὐρανὸς ouranòs, onde. “em espírito”, teve a visão que descreve em Apocalipse 4. Em nenhum momento, em todo o livro do Apocalipse João menciona uma hierarquia de céus do tipo primeiro, segundo e etc., mas usa a palavra do mesmo modo que Jesus em Mateus 5 e 6 como foi indicado acima. O que distingue a visão de João daquela de Paulo, é que João menciona, de forma explícita, a presença do trono de Deus no céu para o qual ele foi chamado, mas como acabamos de falar, João não menciona nenhuma hierarquia.

Independentemente da Bíblia não mencionar uma hierarquia, esse conceito surgiu na tradição cristã através dos escritos, pseudoepigráficos, de um indivíduo chamado Dionísio, o areopagita. O verdadeiro Dionísio é personagem bíblico. Quando Paulo esteve em Atenas, por volta do ano 51 a.D., começou pregando o evangelho, como era seu costume, primeiro nas sinagogas dos judeus. Depois Paulo levou sua pregação para a praça pública onde argumentou com filósofos epicureus[2] e estóicos[3]. Esses por sua vez acabaram por levá-lo para o Areópago[4] onde Paulo fez o discurso que está registrado em Atos 17:16—34. De acordo com o texto de Atos no final da pregação de Paulo, alguns creram encontrando-se entre esses, um homem chamado Dionísio. Tudo o que sabemos, verdadeiramente histórico, acerca desse homem, encontramos em Atos 17:34  e se resume ao seu nome, Dionísio e á sua função, areopagita, que indica que ele era um dos doze juízes do Areópago em Atenas. Mas o fato de ele ser um dos doze juízes nos revela algumas verdades a mais. Para alcançar a posição de juiz no Areópago era necessário que o indivíduo tivesse ocupado antes a posição de ἄρχον árchon — governador, da cidade de Atenas. E para ocupar a posição de governador era necessário que fosse reconhecido pela comunidade como homem inteligente, dotado de sabedoria e ser pessoa de conduta exemplar. Até aqui tudo é histórico.

O bispo Eusébio de Cesárea — 260 — 339 a.D. — em sua obra “História Eclesiástica” registra o fato, citando outra fonte, de que esse Dionísio teria sido o primeiro bispo da cidade de Atenas. Outro autor, Nicéforo, fala de Dionísio como tendo sido martirizado. Todavia, não há meios de provar a veracidade dessas alegações. Suídas — c. 970 a.D. — que produziu um dicionário da língua grega repleto de notas biográficas nos informa que Dionísio, o areopagita, era ateniense de nascimento tendo se destacado por suas realizações literárias. Ainda de acordo com Suídas, Dionísio, teria sido educado primeiramente em Atenas, na Grécia, e também em Heliópolis — cidade do sol — no Egito. Suídas confirma a verdade bíblica de que Dionísio converteu-se ao Cristianismo bem como a tradição de que teria se tornado o primeiro bispo de Atenas. Outro autor ainda, o filósofo ateniense Aristides — c. século II a.D. — concorda com a informação de que Dionísio havia sido martirizado por causa da fé cristã.

Essa discussão acerca de Dionísio, o areopagita, é pertinente ao nosso estudo acerca dos “lugares celestiais” porque uma coletânea de estudos de natureza mística, filosófica e religiosa, tratando dessas questões, tem sido atribuída a ele. Essa atribuição é importante porque esse corpo literário foi aceito tanto pela Igreja Católica Romana quanto pela Igreja Ortodoxa como literatura “genuinamente cristã”. Uma vez aceito dessa maneira, o mesmo acabou influenciando grandemente tanto a teologia quanto a espiritualidade daquelas denominações. Estudos modernos, todavia, têm sido capazes de demonstrar que esse material foi composto depois do século IV a.D., por um ou mais autores neoplatônicos[5]. Alguns acham que estes escritos teriam sido produzidos no século V e mesmo no século VI a.D. Para se ter uma idéia precisa da influência que tais escritos alcançaram na cristandade medieval, basta dizer que os mesmos foram traduzidos para o latim por Johannes Scotus — c. século X a.D. — tendo se tornado muito populares como um compêndio de misticismo, e chegaram a ser quase tão influentes quanto os escritos do próprio apóstolo Paulo!

Esse escritos de caráter profundamente místico e repletos de noções e conceitos do neoplatonismo, aplicavam novamente, à teologia cristã, as doutrinas cardeais dos filósofos Plotinos — 205 — 270 a.D. — e Proclus — 410 — 485 a.D. — que foram os dois maiores expoentes daquela escola filosófica. A história reconhece Proclus como o mais influente filósofo no mundo grego — Bizâncio — latino — Roma — e islâmico — Arábia — simultaneamente. Os ensinos desses filósofos incluíam conceitos acerca da natureza inefável do Um, a extensão da emanação para além da substância divina à alma humana e ao universo, a constituição tríplice de todas as coisas e o conceito do processo mundial como um derramamento eterno e infinito da essência divina, bem como o retorno da essência divina à sua origem. Estes ensinos aboliram as distinções ortodoxas de categorias entre Deus e o universo criado e, como eram completamente panteístas, eram também positivamente heréticos. Independentemente desses fatos, esses escritos alcançaram enorme notoriedade e exerceram notável influência sobre todo misticismo cristão subsequente. Não foram poucos os que, seguindo esses ensinamentos abandonaram a fé histórica e ortodoxa para seguir, de forma apaixonada, essas heresias. Mas a questão mais pervasiva de todas é o ensino acerca da dicotomia de que existe uma diferença entre a vida espiritual e a vida física. De acordo com esse ensinamento a pessoa devia buscar uma vida espiritual em oposição à vida física controlada pelos cinco sentidos. Esta vida espiritual devia ser buscada porque era um tipo de vida superior à vida física. O resultado desse ensino naqueles dias foi o desenvolvimento de um extenso misticismo com alguns pretendendo viver em um nível muito superior ao da maioria das pessoas. 

A Igreja Católica Romana cultiva até hoje o misticismo de “santos” como São João da Cruz e Santa Tereza de Ávila entre muitos outros. Por semelhante modo o estrondoso sucesso de bilheteria produzido e dirigido pelo ator estadunidense Mel Gibson, que é o filme “A Paixão de Cristo” foi, em sua maior parte, inspirado nos escritos de Anne Catherine Emmerich. Esta monja que nasceu no mesmo dia atribuído ao nascimento de Maria, 8 de Setembro, do ano de 1774, começou tendo visões ainda quando criança. Segundo suas alegações, ela costumava ver frequentemente seu anjo da guarda e dialogar com ele. O próprio Senhor Jesus teria participado pessoalmente de inúmeras de suas visões. Do seu anjo da guarda Anne teria aprendido a reverenciar a chamada eucaristia — a crença de que Jesus Cristo se acha presente, sob as aparências do pão e do vinho, com seu corpo, sangue, alma e divindade, no biscoito feito de água e farinha distribuído nas missas católico-romanas. Além de visões, Anne era também estigmática e manifestava as marcas das feridas do próprio Senhor nas mãos, pés, cabeça e peito! Suas visões, incluindo aquelas que foram ajuntadas sob o título de “A Dolorosa Paixão de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”, foram grafadas e editadas pelo poeta e fundador do movimento “Romântico” na Alemanha, Clemens Brentano. Da mesma maneira existem místicos entre os Budistas, entre os Hinduístas e entre os Islamitas. Portanto, experiências místicas não servem para provar a existência de uma verdadeira “vida espiritual” mais profunda e mais intensa. Essa tolice grega se instalou definitivamente na vida da igreja e suas consequências podem ser vistas até os dias de hoje em ensinamentos, igualmente tolos, de que existem cristãos espirituais e cristãos carnais. Pela descrição dada por esses mestres o cristão carnal não passa realmente de um incrédulo que não tem nada de cristão a não ser a aparência pretensiosa e vazia. Muitos existiram que, durante as diversas eras da igreja cristã pretenderam viver em um nível superior ao dos demais cristãos como se fossem mais espirituais, como se já estivessem vivendo nos céus! O fato é que Deus concedeu a todos os crentes sua completa bênção espiritual que se manifesta primariamente pela presença gloriosa do seu Espírito Santo em nós.  Aqueles que são habitados pelo Espírito de Deus não precisam de nenhuma patacoada!

A conclusão a que podemos chegar baseados exclusivamente nos ensinamentos da Bíblia é:

1. Os “lugares celestiais” não devem ser entendidos somente como um espaço ou localidade. As referências a “trono de poder” — ver Efésios 1:20 e 2:6 — bem como a principados e poderes nos lugares celestiais não se referem a lugares geograficamente limitados e devem ser entendidos como o ambiente onde poder e autoridade “celestiais” são exercidos.

2. Os lugares celestiais podem ainda ser habitados por seres hostis a Deus e aos homens — ver Efésios 6:12 — mas esse fato não ameaça nem impede a ordem correta nas regiões celestiais que consiste e será consumada pela submissão de tudo ao Senhorio de Jesus —  ver Efésios 1:20—23. Ver também Filipenses 2:9— 11 e Colossenses 1:18—20.

Em resumo: a menção de “lugares celestiais” ou céus em Efésios 1:3, não possui nenhuma função limitadora da mesma maneira que aconteceu com a expressão “espiritual”. Pelo contrário, o uso da expressão “lugares celestiais” indica a extensão, a eficiência, a validade e a suficiência da bênção que Deus concedeu. E pouco importa, realmente, quantos céus existem, se é que existem. Deus mesmo é a fonte da bênção e todas as dimensões da criação e da existência humana, sejam elas reais, sejam imaginárias, são permeadas e modificadas por esta bênção, mesmo que ainda, alguns elementos permaneçam hostis — ver Efésios 6:12.

LISTA DE OUTROS ESTUDOS DA SÉRIE “EM CRISTO”:

O estudo introdutório dessa série, número 000, pode ser encontrado aqui:

O estudo número 001 dessa série — Justificação Gratuita — pode ser encontrado aqui:

O estudo 002 dessa série — Nossa Identidade com Cristo — poderá ser encontrado aqui:

O estudo 003 dessa séria — Mortos para o Pecado, Mas Vivos para Deus — poderá ser encontrado aqui:

O estudo 004 dessa série — O Salário do Pecado X o Dom Gratuito de Deus — poderá ser encontrado aqui:

O estudo 005 dessa série — Nenhuma Condenação em Cristo Jesus — poderá ser encontrado aqui:

O estudo 006 dessa série — Nada Pode nos Separar do Amor de Deus — poderá ser encontrado aqui:

O estudo 007 — Somos Membros uns dos Outros em Cristo — poderá ser encontrado aqui:

O estudo 008 — Santificados em Cristo Jesus — poderá ser encontrado aqui:

O estudo 009 — A Graça de Deus em Cristo Jesus — poderá ser encontrado aqui:

O estudo 010 — Somos de Deus em Cristo — poderá ser encontrado aqui:

O estudo 011 — Somos Espirituais em Cristo — poderá ser encontrado aqui:

O estudo 012 — Somos Loucos, Fracos e Desprezíveis Porque Estamos em Cristo — poderá ser encontrado aqui:

O estudo 013 — Somos Gerados em Cristo — poderá ser encontrado aqui:

O estudo 014 — Nossa Esperança em Cristo Não se Limita a Essa Vida Apenas — poderá ser encontrado aqui:

O estudo 015 — Todos Serão Vivificados em Cristo — poderá ser encontrado aqui:

O estudo 016 — Todos São Amados em Cristo — poderá ser encontrado aqui:

O estudo 17 — Somos Todos Ungidos em Cristo — poderá ser encontrado aqui:

O estudo 18 — Não Mercadejamos a Palavra de Deus — poderá ser encontrado aqui:

O estudo 19 — O Véu é Removido em Cristo — poderá ser encontrado aqui:

O estudo 20 — Somos Novas Criaturas em Cristo — poderá ser encontrado aqui:

O estudo 21 — Deus Estava em Cristo Reconciliando Consigo o Mundo — poderá ser encontrado aqui:

Os estudos 22 e 23 — Sendo Conhecido em Cristo — poderão ser encontrados aqui:

O estudo 24 — Nossa Liberdade em Cristo — poderá ser encontrado aqui:

O estudo 25 — Justificação Pela fé em Cristo — poderá ser encontrado aqui:

O estudo 26 — Filhos de Deus em Cristo — poderá ser encontrado aqui:

O estudo 27 — Revestidos em Cristo — poderá ser encontrado aqui:

O estudo 28A — Nossa Unidade em Cristo — PARTE 001 poderá ser encontrado aqui:

O estudo 28B — Nossa Unidade em Cristo — PARTE 002 poderá ser encontrado aqui:

O estudo 029 — Somente a Fé Que Atua Pelo Amor Tem Valor em Cristo

O estudo 030A — A Bênção com Que Somos Abençoados em Cristo – Parte 001

O estudo 030B — A Bênção com Que Somos Abençoados em Cristo – Parte 002

O estudo 030C — A Bênção com Que Somos Abençoados em Cristo – Parte 003 — E a Chamada Visão de Hermes

O estudo 030D — A Bênção com Que Somos Abençoados em Cristo – Parte 004 — O Ensinamento Bíblico Acerca do Céu

O estudo 031 — Desvendando-nos o Mistério da Sua Vontade Em Cristo

O estudo 032 — Para o Louvor da Glória de Deus em Cristo

O estudo 033 — Ressuscitados em Cristo e Assentados nos Lugares Celestiais

O estudo 034 — Mostra a Suprema Riqueza da Sua Graça em Bondade para conosco em Cristo.

O estudo 035 — Mostra como somos salvos em Cristo para a prática de boas obras manifestadas por meio de uma vida de santidade.

O Estudo 036 — Nos Fala de Como Somos Aproximados de Deus Porque Estamos em Cristo.

O Estudo 037 — Nos Fala de Como Somos Co-herdeiros, Co-participantes e Membros dum mesmo Corpo

O Estudo 038A — Nos Fala das Insondáveis Riquezas de Cristo — Parte 001 — Cristo o Mistério Revelado de Deus

O Estudo 038B — Nos Fala das Insondáveis Riquezas de Cristo — Parte 002 — A Igreja Edificada Sobre Cristo

O Estudo 038C — Nos Fala das Insondáveis Riquezas de Cristo — Parte 003 — O Que é a Verdadeira Igreja de Cristo

O Estudo 038D — Nos Fala das Insondáveis Riquezas de Cristo — Parte 004 — O Que é a Verdadeira Igreja de Cristo — O Corpo de Cristo

O Estudo 038E — Nos Fala das Insondáveis Riquezas de Cristo — Parte 005 — O Que é a Verdadeira Igreja de Cristo — A Plenitude de Cristo

O Estudo 038F — Nos Fala das Insondáveis Riquezas de Cristo — Parte 006 — O Que é a Verdadeira Igreja de Cristo — Os Eleitos Por Deus em Cristo
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2016/08/nossa-riqueza-em-cristo-estudo-038f.html

O Estudo 039 — Nos Fala De Como Devemos Glorificar a Deus Porque Estamos em Cristo — Jesus e a Glória de Deus
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2016/10/nossa-riqueza-em-cristo-estudo-039.html

O Estudo 040 — Nos Fala De Como Deus Nos Perdoou em Cristo
Que Deus abençoe a todos.
Alexandros Meimaridis
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Desde já agradecemos a todos.


[1] O espiritismo está presente não somente nos ensinos chamados herméticos ou da religião do deus Mithra, mas pode ser também encontrado entre os gregos nas obras do matemático Pitágoras de Samos, do filósofo Platão de Atenas, em todas as religiões originadas da Índia e na sua versão moderna inventada por Hippolyte-León-Denizard Rivail que se autodenominava como a reencarnação de um poeta celta chamado “Allan Kardec”. Outras religiões como a Teosofia de Helena Petrovna Blavatsky também capitalizam em cima do espiritismo egípcio, indiano e kardecista. Mesmo religiões que alegam ser cristãs, tais como o Adventismo do Sétimo Dia, as chamadas Testemunhas de Jeová e a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, conhecida como igreja Mórmon, possuem também seus toques de espiritismo. Além disso, todos estes movimentos religiosos não acreditam nas penas eternas conforme ensinadas por Jesus — ver Mateus 5:22, 18:18—19, 25:41; Marcos 9:48.

[2] A filosofia conhecida como Epicureanismo foi fundada por Epicuro — 341 — 270 a.C. Nesse momento o que nos interessa dessa filosofia é sua crença acerca da alma humana. Para os filósofos epicureus a alma era material, constituída de átomos minúsculos e se encontrava espalhada pelo corpo. Desta forma a morte era insignificante já que tanto o corpo como a alma se dissolvem no meio.

[3] O Estoicismo foi fundado por Zeno — 336 — 264 a.C. Um de seus seguidores, Crísopo — 232 — 204 a.C. — tinha alunos de regiões tão distantes como Tarso e Babilônia. O estoicismo como desenvolvido por Crísopo foi favoravelmente recebido em Roma durante a República.  Essa filosofia era bem mais complexa no que diz respeito às implicações teológicas. Os estóicos acreditavam que as forças do universo formam uma força todo-pervasiva e assim se mostram panteísta — o panteísmo acredita que Deus é a soma de tudo quanto existe — mas existem também sintomas de deísmo — o deísmo acredita na existência de um Deus, destituído de atributos morais e intelectuais, e que poderia ou não haver influído na criação do Universo. Para os estóicos o universo forma uma cadeia de causa e efeito onde nada acontece por acaso. Dentro dessa perspectiva o mal se torna inexistente ou relativo. Acreditavam também que a alma é substância material, uma fagulha do fogo divino e que a verdadeira religião consistia em se resignar ao destino. Caso houvesse resistência na resignação, a crença da re-ocorrência cíclica garantia o reaparecimento da alma, via reencarnação, para uma nova tentativa.

[4]  Tribunal ateniense, assembléia de magistrados, sábios, literatos e etc., localizado na “Colina de Marte” — Ares em grego — na área adjacente ao Parthenon na Acrópole ateniense.

[5] A escola filosófica conhecida como Platonismo foi fundada por Platão — 427 — 347 a.C. — que juntamente com Sócrates e Aristóteles compões a tríade de “mamutes” filosóficos da cidade antiga de Atenas. Platão era tanto filósofo, quanto poeta e místico, e a ele devemos o registro, por escrito, dos ensinamentos de Sócrates. Ao misturar filosofia com poesia e misticismo Platão conseguia combinar uma enorme habilidade de raciocínio lógico com vôos poéticos imaginativos e profundos sentimentos místicos. Platão acreditava em um ser criador que ele chamava de Demiurgo. Esse Demiurgo molda o mundo real — este em que vivemos — de acordo com o padrão do mundo ideal, tão perfeitamente quanto possível utilizando a matéria. O demiurgo funciona como uma espécie de arquiteto que impõe formatos a matéria pré-existente - esta idéia platônica é muito penetrante e podemos encontrá-la tanto no conceito do “Grande Arquiteto do Universo”, da Maçonaria, quanto na série de filmes “Matrix”, onde o chamado “arquiteto” faz exatamente o que Platão ensinou. Quando Platão fala da “alma do mundo”, ele está falando da sua fé panteísta. Para Platão existem inúmeros outros deuses, além do Demiurgo, mas nenhuma personalidade é atribuída a eles. Platão também acreditava na eternidade das almas já que ensinava que todo conhecimento é apenas reminiscência. Apesar de Platão não ter ocupado um lugar dominante na filosofia grega posterior à sua época, como pode ser facilmente demonstrado, veio a ocupar de maneira quase absoluta, uma posição dominante nos primeiros séculos do Cristianismo. A teologia dos assim chamados “Pais da Igreja” que é chamada de Patrística e que é objeto de estudos na ciência histórica chamada de Patrologia, foi formulada, em sua grande maioria, baseada na super estrutura da filosofia de Platão. Mas a influência de Platão não se resume ao Cristianismo. O Judaísmo também, principalmente através de Filo Judaeus de Alexandria — 15 a 10 a.C — 45 a 50 d.C. — bem como, em tempos posteriores, a filosofia Islâmica, também devem muito à Platão. Sua influência pode ser vista na ênfase da realidade não material, na existência de uma alma imortal distinta do corpo físico, na idéia de uma religião cósmica — a beleza da ordem celestial acima — e seus ensinamentos acerca de uma sociedade justa.

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