domingo, 24 de agosto de 2014

THOMAS WATSON: A ÚNICA COISA NECESSÁRIA – UM SERMÃO – PARTE 002



O material abaixo é parte de um sermão pregado por Thomas Watson que foi publicado em forma de e-book por:

Fonte: GraceGems.org

OEstandarteDeCristo.com

Tradução: Camila Rebeca Almeida

Revisão: William Teixeira

A Única Coisa Necessária Thomas Watson — PARTE 002

“Operai a vossa salvação com temor e tremor” (Filipenses 2:12).

Se há alguma coisa excelente, está é a salvação, se há qualquer coisa necessária, que deve ser trabalhada é a salvação, se há qualquer ferramenta para se trabalhar isto, é o santo temor. “Operai a vossa salvação com temor”.

As palavras são uma grave e séria exortação, indispensável, não só para aqueles cristãos que viviam no tempo dos apóstolos, mas pode apropriadamente ser intencionada para o meridiano desta era na qual vivemos.

Devo proceder agora à exortação, “operai a vossa salvação com temor e tremor”, cujas palavras ramificam-se nestes três elementos:

Em primeiro lugar, o ato, operar; em segundo lugar, o objeto, a sua própria salvação; em terceiro lugar, a maneira pela qual devemos operá-la, com temor e tremor. Vou falar principalmente dos dois primeiros, e expor a outra numa breve aplicação.

A proposta é a seguinte: Deveria ser grande o trabalho de um cristão o estar operando a sua salvação. O grande Deus nos colocou no mundo como em uma vinha, e aqui é a obra que Ele nos tem colocado sobre: o trabalho da salvação. Há uma Escritura paralela a isto: “fazei firmes a vossa vocação e eleição” — 2 Pedro 1:10. Quando o estado, os amigos, a vida podem não ser feitos seguros, deixe esta ser a sua certeza: O original grego significa estudar, ou bater o cérebro sobre uma coisa. Esta palavra no texto, “operar”, implica em duas coisas. Em primeiro lugar, um sacudir da preguiça espiritual. A preguiça é um travesseiro sobre o qual muitos têm dormido o sono da morte. Em segundo lugar, implica uma unificação e mobilização reunindo todos os poderes de nossa alma para que possamos participar do negócio da salvação. Deus tem promulgado uma lei no Paraíso, que nenhum homem deve comer da árvore da vida, senão apenas com o suor de seu rosto.

I.

Devo proceder agora às razões impondo este suor sagrado e a operação a respeito da salvação, e elas são três. Temos que trabalhar a nossa salvação por causa:

1. Da dificuldade deste trabalho.

2. Da raridade do mesmo.

3. Da possibilidade disto.

1. A dificuldade deste trabalho.

É um trabalho que poderá nos fazer laborar até o pôr-do-sol da nossa vida — Daniel 6:14. Ora, essa dificuldade sobre a obra da salvação aparecerá de quatro tipos de formas diferentes.
Em primeiro lugar, a partir da natureza do trabalho. O coração deve ser mudado. O coração é o próprio berçário do pecado. É o depósito onde estão todas as armas da injustiça. É um inferno menor. O coração está cheio de antipatia contra Deus, ele está irritado com a conversão por graça. Ora, a inclinação do coração deve ser mudada, que trabalho é esse! Como deveríamos implorar de Cristo, que Aquele que transformou a água em vinho transforme a água, ou melhor, o veneno da natureza, no vinho da graça!

O coração estará pronto para nos enganar nessa obra de salvação, e fazer-nos tomar uma amostra de graça sobre graça. Muitos pensam que se arrependem quando não é o crime, senão a penalidade que lhes incomoda, não a traição, mas o machado ensanguentado. Eles acham que se arrependem quando derramam algumas lágrimas, mas, embora esse gelo comece a derreter um pouco, ele congela novamente; eles continuam ainda no pecado. Muitos choram por suas relações indelicadas com Deus, como Saul fez por sua crueldade para Davi. Ele disse a Davi: Tu és mais justo do que eu, porque tu me recompensado bem, e eu te recompensei com mal — 1 Samuel 24:17. E Saul levantou a voz e chorou — 1 Samuel 24:16). Mas por tudo isso ele segue Davi novamente, e o persegue depois (1 Samuel 26). Em segundo lugar, pois que os homens podem levantar suas vozes e chorar por causa do pecado, e ainda seguir em seus pecados novamente. Em terceiro lugar, outros abandonam o pecado, mas ainda retêm o amor por ele em seus corações. Como a serpente que lança de si a casca, mas mantém a picada, não há tanta diferença entre lágrimas falsas e verdadeiras entre a água do canal e água da nascente.

O que torna o trabalho da salvação trabalho árduo, é que é um trabalho enganoso. Olhai por vós mesmos, para que não percamos o que temos feito — 2 João 8. Este trabalho cai quase tão rápido quanto nós construímos. Um artífice ordinário, quando tem estado no trabalho, encontra sua obra na manhã seguinte, assim como ele a deixou, mas não é assim conosco. Quando estamos trabalhando a salvação por meio da oração, jejum, meditação, e deixamos este trabalho por algum tempo, não devemos encontrar o nosso trabalho como deixamos; uma grande quantidade de nosso trabalho terá se perdido novamente.

Tínhamos necessidade de ser muitas vezes chamados para confirmar as coisas que permanecem, que estão prontas para morrer — Apocalipse 3:2. Tão logo um cristão é tirado do fogo do santuário, ele está pronto para esfriar e congelar novamente em segurança. Ele é como um relógio, quando ele tem sido lançado em direção ao céu, ele rapidamente rebaixa-se à terra e peca novamente. Quando o ouro foi purificado na fornalha, permanece puro, mas não é assim com o coração. Deixe-o ser aquecido em uma ordenança, deixe-o ser purgado na fornalha da aflição, ele não permanece puro, mas rapidamente reúne sujeira e corrupção. Nós raramente permanecemos em um bom quadro. Tudo isso mostra como é difícil a obra da salvação é, não devemos somente trabalhar, mas estabelecer uma vigilância também.

Pergunta. Mas por que fez Deus o caminho para o céu tão difícil? Por que deve haver este trabalho?
Resposta. Para fazer-nos estabelecer uma estimativa alta sobre as coisas celestiais. Se a salvação fosse facilmente obtida, não deveríamos apreciá-la por seu valor. Se os diamantes fossem comuns, seriam desprezados, mas porque eles são difíceis de encontrar, eles estão em grande estima.

2. A raridade deste trabalho

A segunda razão por que devemos colocar adiante tanto suor sagrado e engenho a respeito da salvação é por causa da raridade desse trabalho. Poucos serão salvos, por isso nós precisamos trabalhar mais duro para que possamos estar no número destes poucos. O caminho para o inferno é um caminho largo, a estrada elevada dele é pavimentada com riquezas e prazer; ele tem uma estrada pavimentada de ouro, portanto, há diariamente muitos viajantes nele. Mas o caminho para o céu encontra-se fora da estrada, é um caminho invicto, e poucos conseguem encontrá-lo. Aqueles que defendem a graça universal dizem que Cristo morreu intencionalmente por todos, mas então por que não são todos salvos? Pode Cristo ser frustrado em Sua intenção? Alguns são tão grosseiros para comprovar que todos devem realmente ser salvo, mas não tem Cristo nosso Senhor nos dito: Estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem — Mateus 7:14? Como todos podem entrar nesta porta, e ainda poucos a encontrarem [?], isso me parece uma contradição.

3. A possibilidade deste trabalho

A terceira razão pela qual devemos colocar tanto vigor sobre a obra da salvação é por causa da possibilidade deste trabalho. A impossibilidade mata todo o esforço. Quem se importará com aquilo que ele acha que não há nenhuma esperança de algum dia obter? Mas “há esperança em Israel a respeito disso”. A salvação é uma coisa viável, que pode ser obtida. Ó cristãos, embora o portão do paraíso seja estreito, a porta está aberta! Ela está fechada contra os demônios, mas ainda está aberta para você. Quem não gostaria de se contorcer arduamente para entrar? Que é isto senão cortar fora seus pecados; que é, senão desfazer-se um pouco de sua espessa argila; Que é, senão mitigar o inchaço do humor de seu orgulho, para que você possa entrar pela porta estreita. Esta possibilidade, mais que probabilidade, de salvação pode colocar vida em sua empreitada. Se ali há milho para ser comido, por que você deve sentar-se e morrer de fome em seus pecados por mais tempo?

CONTINUA...

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Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

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