domingo, 10 de agosto de 2014

CATÓLICOS E EVANGÉLICOS E O NEGÓCIO BILIONÁRIO DA FÉ



O artigo abaixo foi publicado pelo site do Correio Braziliense e é de autoria de Diego Amorim.

No Brasil, igrejas católicas e evangélicas movem R$ 21,5 bilhões ao ano

Do total arrecadado, 72% vêm de doações. A maior parte do dinheiro está aplicada em poupança, imóveis e CDBs. Se as instituições fossem uma empresa, ocupariam, juntas, o 18º lugar no ranking nacional

Por Diego Amorim

 “Não podeis servir a
Deus e ao dinheiro”

Lc 16, 13

“Porque a raiz de todos os
males é o amor ao dinheiro”

I Tim 6,10

A relação das religiões cristãs com o dinheiro, ao menos abertamente, nunca se deu de maneira confortável. Antes de a chamada teologia da prosperidade apresentar aos fiéis a ideia de que graça divina e riqueza são diretamente proporcionais, o tema só aparecia nos sermões se fosse para ser abominado. Os primeiros padres definiam o dinheiro, ainda nos idos dos anos 200, como “excremento do diabo”, sempre associado à vaidade e ao orgulho, pecados mortais capitais.

O fato de os assuntos financeiros figurarem na lista dos mais sensíveis para os líderes de igrejas, porém, não impediu que, ao longo da história, as religiões cristãs acumulassem um patrimônio bilionário. Mesmo com tanto tabu em torno das sagradas finanças, padres, bispos e pastores precisaram aprender a contar dinheiro e a se convencer de que, sem ele, a manutenção dos templos, a caridade e a própria missão de evangelizar ficariam impossibilitadas.

A partir de hoje, o Correio destrincha a economia movimentada pela fé no Brasil, revelando como instituições religiosas, favorecidas pela imunidade tributária, administram o constante volume de ofertas, dízimos e recursos de outras naturezas. Por dia, as igrejas do país — a maioria católicas e evangélicas — arrecadam, em média, quase R$ 60 milhões. Somente em 2012, segundo dados exclusivos levantados pela Receita Federal, R$ 21,5 bilhões entraram nos cofres divinos. Em relação ao ano anterior, o recolhimento cresceu 4,3%, salto considerável diante do tamanho do montante.

Quadros desfavoráveis ou mesmo crises econômicas não costumam atingir a receita das igrejas. As doações respondem por 72% do dinheiro em caixa. O restante equivale a rendimentos gerados com aluguel ou vendas de bens, aplicações em renda fixa ou, em casos mais raros, operações na Bolsa de Valores.

Em geral, as igrejas têm aversão ao risco e, por isso, optam por políticas de investimento bastante conservadoras, não priorizando a rentabilidade. A sobra dos recursos doados às instituições, na maioria das vezes, cai na poupança ou é aplicada em Certificado de Depósito Bancário (CDB), os dois modelos mais simples de fazer o dinheiro render. Estratégias ousadas, como a compra e a venda de ações, normalmente são feitas em nome dos próprios líderes.

O artigo original do Correio Braziliense poderá ser acessado por meio desse link aqui:


Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

PS. Pedimos a todos os nossos leitores que puderem que “curtam” nossa página no Facebook através do seguinte link:

http://www.facebook.com/pages/O-Grande-Diálogo/193483684110775

Desde já agradecemos a todos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário