sexta-feira, 5 de julho de 2013

2 Coríntios 2:12—3:3. - Como Paulo Entendia o Ministério Cristão - Sermão # 3 –



Essa é uma série cujo propósito é estudar, com profundidade, a Segunda Epístola de Paulo aos Coríntios. No final de cada estudo você irá encontrar links para outros estudos. A Série tem o título Geral de: Sermões na Segunda Epístola de Paulo aos Coríntios.

Sermões na Segunda Epístola de Paulo aos Coríntios


Introdução.

Esta é a Epístola em que podemos perceber melhor os sentimentos e as emoções do apóstolo Paulo e que, a mesma, também nos revela muitas verdades acerca do relacionamento que deve existir entre um pastor e sua comunidade. 

Nesta porção Paulo irá nos revelar suas responsabilidades e o quê, exatamente, o serviço cristão e o ministério significavam para ele. 
Na última mensagem nós vimos os perigos de julgar sem conhecer todos os fatos. Paulo, neste trecho, procura esclarecer como ele entendia o serviço Cristão. Para Paulo o serviço cristão era constituído de... 
Como Paulo Entendia Seu Próprio Ministério

I. As oportunidades que precisam ser aproveitadas.

 
Localização de Trôade

2 Coríntios 2:12—13 – Paulo fala acerca da oportunidade de pregar o Evangelho quando chegou na cidade de Trôade. Esta cidade era: 
1. A cidade onde Paulo teve a visão do varão macedônio — ver 
Atos 16:8—9 
8 E, tendo contornado Mísia, desceram a Trôade. 
9 À noite, sobreveio a Paulo uma visão na qual um varão macedônio estava em pé e lhe rogava, dizendo: Passa à Macedônia e ajuda-nos.

Varão Macedônico

2. Chamava-se Alexandria Troas e ficava às margens do Mar Egeu — mar que separa a Grécia da Turquia — no lado que o Novo Testamento chama de Ásia e onde também ficavam outras igrejas como as sete mencionadas no livro do Apocalipse. 
Duas idéias merecem destaque quando consideramos estes versículos: 
A. Onde uma oportunidade pode nos levar. 
·       Quando Paulo fala acerca de uma porta aberta ele certamente está querendo dizer que era uma porta pela qual ele deveria entrar. O que ele poderia encontrar ao atravessar aquela porta? 

·       Uma verdadeira multidão de pessoas que ele até então não estava sequer consciente de que existiam e a quem ele poderia pregar as Boas Novas. 

·       Toda uma cidade ou mesmo região que poderia ser influenciada para Deus pela pregação do Evangelho e pelo poder de vidas transformadas. 

·       Como filhos de Deus precisamos estar alertas para o fato de que Deus nos abre, de forma permanente, oportunidades para propagarmos a mensagem da salvação através de Jesus Cristo. Estamos disponíveis? Tudo o que Deus requer de nós é: obediência! 

·       Podemos alcançar as pessoas com a mensagem em todos os lugares: no comércio, nos escritórios, nas fábricas, nos bancos, em hospitais e clínicas bem como nos lares. 

·       Alguém fala conosco e nos pede oração. Nós descobrimos que uma pessoa está encrencada e precisando de ajuda. Situações corriqueiras, mas por trás destas pessoas pode estar uma oportunidade para iniciarmos uma reunião de estudos bíblicos ou mesmo uma nova comunidade. Quem sabe? Deus sabe!

B. Como a oportunidade se perdeu. 
·       2 Coríntios 2:13 — A oportunidade se perdeu porque Paulo estava preocupado com a Igreja em Corinto! Paulo estava aguardando o retorno de Tito, vindo de Corinto, trazendo notícias daqueles irmãos. Como Tito não chegava e Paulo estava bastante preocupado com a situação dos irmãos em Corinto ele, Paulo, não teve tranquilidade para aproveitar da oportunidade. 

·       Este verso nos ensina que Cristãos que causam problemas acabam por consumir recursos de todos os tipos que poderiam estar sendo aplicados na expansão do Evangelho! 

·       A atitude de Paulo devia ser capaz de ensinar os Coríntios o seguinte: 

Ø  Os Coríntios deveriam se envergonhar do fato de que seus pecados estavam interferindo na expansão do Evangelho em outra localidade. 

Ø  Os Coríntios deviam reconhecer o grande amor que Paulo lhes devotava a ponto de sacrificar uma nova oportunidade para cuidar deles. Oportunidade aquela, diga-se de passagem, que não precisava ser perdida! 

·       Conforme mencionamos antes, a impressão que temos é que no centro da tormenta em Corinto estava um único homem! Quanto tempo perdido e quantos recursos e oportunidades desperdiçadas porque certos crentes insistem em atravancar o caminho. 

·       Aqui não estamos falando de novos crentes que precisam ser alimentados e cuidados de maneira apropriada nem daqueles que se desviam e precisam ser reconduzidos aos caminhos do Senhor. Estamos falando da grande maioria dos crentes que de forma deliberada estão causando um problema atrás do outro e com isto empatando a expansão do Reino de Deus. 

·       Para Paulo o serviço cristão também era constituído de... 

II. Uma vitória que precisava ser compartilhada – 2 Coríntios 2:14—16.

·       Estes versículos podem ser uma referência à alegria que encheu seu coração quando Paulo se encontrou com Tito na cidade de Filipos. 

·       Existem dois aspectos importantes que precisamos destacar destes versículos... 

A. A ilustração fornecida por Paulo. 
·       A expressão “em triunfo” é apropriada da vida real e descreve a celebração triunfal de um general romano vitorioso. 

·       O Senhor Jesus triunfou e tem triunfado e nós somos convidados a participar em Seu triunfo. Porque estamos “em Cristo” tudo o que é verdadeiro acerca de Cristo é verdadeiro a nosso respeito! 

·       Uma parte desta procissão triunfal incluía a presença de sacerdotes que levavam incensários e à medida que caminhavam iam espalhando um suave perfume entre as pessoas da multidão. Da mesma maneira nós somos para    Deus, conduzidos em triunfo por Cristo, o bom perfume de Cristo! 

·       Deve existir certa fragrância na vida cristã que realmente deve chamar a atenção das pessoas. Deve existir algo em nossas vidas, na maneira como falamos, na forma como nos comportamos que transmita a graça de Deus de forma atraente. 

·       Mas nestes versículos nós também encontramos... 

B. Algumas implicações que precisamos encarar. 
·       O mesmo incenso que nos lembra da vitória de uns nos lembra da derrota de outros. 

·       Temos que nos lembrar que a cruz de Cristo será sempre um divisor de águas. Ela dividiu as pessoas nos passado e continua a dividir nos nossos dias. 

·       Este é o motivo da pergunta que Paulo faz no verso 16 quando diz: “Quem, porém, é suficiente para estas coisas? 

·       A pergunta anterior tem a ver com os problemas associados à corrupção que é possível acontecer na pregação do evangelho – ver o verso 17.

·       A expressão “mercadejar” diz respeito a todos os truques utilizados pelos donos das tavernas visando enganar seus clientes e explorá-los. No caso referido por Paulo, diz respeito à tentação de corromper a mensagem divina. 

·       A mensagem de Deus é corrompida, por exemplo, quando evitamos tratar certos aspectos contidos nos evangelhos, porque os mesmos se constituem em certas mensagens impopulares. Quando desenvolvemos um evangelho baseado somente em, coisas boas, quando substituímos os méritos de Cristo pela guarda de certos mandamentos e etc. 

·       A mensagem do Evangelho é uma mensagem que nós não podemos corromper nem perverter. Quando fazemos isto, mesmo falando em nome de Deus, estamos mentindo e quando mentimos estamos realmente alinhados com Satanás, o diabo, a quem a Bíblia chama de “o pai da mentira”.
  
·       Assim, para Paulo o serviço cristão representava em terceiro e último lugar... 

III. Um testemunho que podia ser analisado. 
·       O final do verso 17 que diz: “...falamos na presença de Deus com sinceridade e da parte do próprio Deus.”, conduz o apóstolo Paulo a outra linha de raciocínio. 

·    Depois de testificar que ele, Paulo, não andava pervertendo a palavra de Deus, ele se vê obrigado a defender seu ministério uma vez que, ao que parece, alguns de seus críticos haviam produzido acusações até mesmo por escrito. Ter que se defender diante de duras críticas de opositores é uma experiência nada agradável, pois...

1.    É humilhante ser submetido a tal situação. 
2.    É doloroso manter o silêncio diante das acusações injustas. 
3.    É realmente degradante ter que falar do assunto. 
4.    Mas, para Paulo, os interesses da igreja em Corinto estavam muito acima dos seus próprios sentimentos. Por este motivo Paulo fala... 
   A.  Do sucesso que havia coroado seu trabalho — 2 Coríntios 3:1—3. 
·      Paulo começa perguntando se ele precisava de uma carta de recomendação para os Coríntios ou dos Coríntios? — verso 1. 

·       Em seguida Paulo diz que os próprios Coríntios são as cartas de referência de Paulo. Ele estava se referindo às vidas transformadas pelo poder do Evangelho através da pregação. Era este tipo de vida transformada que validava o ministério de Paulo. Não se tratava de ser reconhecido nem aprovado por nenhum concílio humano por mais nobre que fosse. A vida transformada dos Coríntios era a prova mais que suficiente de que o apóstolo Paulo havia agido de forma correta – verso 2. 

·       Esta é a medida estabelecida pelo próprio Deus para qualquer ministério: as vidas realmente transformadas das pessoas que recebem o Evangelho. 

·       Se o pastor vai adiante de suas ovelhas é sua obrigação conduzi-las para alturas cada vez maiores e para uma proximidade e intimidade com Deus cada vez maiores. 

·    A medida exata do valor de qualquer ministério pastoral é aferida pela qualidade da vida cristã que foi construída sob sua responsabilidade. 

·       Paulo, todavia, qualifica seu serviço dizendo que... 

B. O Espírito Santo é quem realmente merece todo e qualquer crédito, porque Ele é o responsável final pelo resultado obtido — verso 3. 
·      Paulo não se enganava a si mesmo supondo que ele era merecedor de qualquer crédito. Ele sabia muito bem que a vida transformada dos Coríntios era fruto da ação do Espírito Santo de Deus. 

·       Paulo sabia que cada cristão, individualmente, e cada comunidade, coletivamente, eram na realidade, uma carta de referência para o Senhor Jesus Cristo. 

Conclusão. 
1. É o Senhor quem nos abre oportunidades e nós faremos muito bem em aproveitar cada uma delas. O Senhor Jesus disse para a Igreja na cidade de Filadélfia as seguintes palavras: Conheço as tuas obras — eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar — que tens pouca força, entretanto, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome — Apocalipse 3:8. O Senhor tem aberto uma porta diante da Comunidade Boas Novas! O que iremos fazer com esta oportunidade? 
 
2. Que tipo de cristão nós temos sido? Procuramos fazer a nossa parte e ajudar no ministério global da comunidade ou vivemos de criar uma confusão atrás da outra e com isto consumimos preciosos recursos que deveriam estar sendo aplicados na expansão do Reino de Deus? 

3. Quando andamos nos caminhos desta vida estamos levando o bom perfume de Cristo. Existe realmente algo em nossas vidas que chama a atenção das pessoas para a graça de Deus? 

4. Esta é uma verdade acerca da qual não podemos fugir: alguns querem, de fato, ser discípulos de Cristo, enquanto outros querem apenas pretender ou fingir que são e muitos não dão a mínima importância para esse fato. Quando dizemos que queremos ser discípulos ou seguidores de Jesus, de fato estamos querendo dizer que nos conformamos com o ensino do próprio Senhor quando disse em Lucas 9:23: “Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me”. 

5. A vida dos cristãos precisa ser como uma carta aberta e que é possível de ser lida por todas as pessoas. E quando as pessoas leem a vida de um cristão elas devem ser capazes de formar uma opinião precisa acerca de Cristo e dos seus servos. 

6. Nenhum pastor pode esperar que sua comunidade atinja um nível espiritual que seja maior ou melhor do que aquele que ele tem estabelecido para si mesmo no que diz respeito à vida espiritual e à devoção a Deus. O exemplo vem de cima. 

7. Em que tipo de referência acerca de Cristo se constitui nossa vida como indivíduos.  Em que tipo de referência acerca de Cristo se constitui nossa vida como comunidade? 
                                                                           
8. Qual é o teste final para a avaliação de qualquer ministério? É a qualidade da vida espiritual que o pastor deixa para trás. 

OUTRAS MENSAGENS EM 2 CORÍNTIOS PODEM SER ACESSSADAS POR MEIO DOS LINKS ABAIXO

001 — A Escola do Sofrimento – 2 Coríntios 2:1—11
002 — Os Críticos do Apóstolo Paulo — 2 Coríntios 1:12 — 2:11

003 — Como Paulo Entendia o Ministério Cristão — 2 Coríntios 2:12 — 3:3

004 — A Confiança que Paulo Tinha em Sua Mensagem— 2 Coríntios 3:4—18 — Parte 1

005 — A Confiança que Paulo Tinha em Sua Mensagem— 2 Coríntios 4:1—6 — parte 2

006 — Batalhas e Bênçãos — 2 Coríntios 4:7—15

Grande Abraço e que Deus possa abençoar a todos. 
Alexandros Meimaridis 
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