sábado, 28 de abril de 2012

ROMANOS 8:29 - O QUE A IGREJA FAZ? - NOTAS PARA UMA IGREJA NASCENTE - Estudo 2



ATENÇÃO: Esse estudo é Parte de Uma Série Adaptada do Livro “Teologia da Educação Cristã” de Lawrence Richards publicado pela Sociedade Religiosa Edições Vida Nova e tem como propósito servir no treinamento de novos convertidos ou até mesmo de uma Igreja que esteja em seu início. No final de cada parte você irá encontrar um link para o estudo seguinte.


Relembrando: Estudo 

1 – O Que é Um Cristão? Um Cristão é Aquele que Possui Vida Verdadeira.

Estudo 2: Propósito de Vida: O Que a Igreja Faz?

No estudo anterior vimos que o cristão verdadeiro é aquele que possui Vida Verdadeira. Mas qual seria o propósito de Deus em formar um corpo vivo – unindo todos os cristãos?

  • Romanos 8:29 - Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.

  • A vida que Deus nos dá tem um caráter e natureza próprios. O que estamos querendo dizer é que: A VIDA QUE RECEBEMOS DE JESUS CRISTO É A PRÓPRIA VIDA DE DEUS. Quanto mais o tempo passa e essa VIDA DE DEUS cresce dentro de nós, mais parecidos com Jesus vamos nos tornando: “Portanto, todos nós, com o rosto descoberto, refletimos a glória que vem do Senhor. Essa glória vai ficando cada vez mais brilhante e vai nos tornando cada vez mais parecidos com o Senhor, que é o Espírito — 2 Coríntios 3:18 na NTLH.

  • Nosso destino é sermos iguais a Jesus, porque recebemos sua própria vida em nós através do Espírito Santo – 1 Pedro 1:23: “Pois vocês, pela viva e eterna palavra de Deus, nasceram de novo como filhos de um Pai que é imortal e não de pais mortais” — na NTLH.
 A. Essa idéia de nos identificarmos com Deus é algo comum no Novo Testamento.

1. Jesus disse:

  • Mateus 5:45, 48 – 45 “Para que vocês se tornem filhos do Pai de vocês, que está no céu. Porque ele faz com que o sol brilhe sobre os bons e sobre os maus e dá chuvas tanto para os que fazem o bem como para os que fazem o mal. 48 - Portanto, sejam perfeitos em amor, assim como é perfeito o Pai de vocês, que está no céu” — na NTLH.
2. Paulo disse: Romanos 8:28—29: “Pois sabemos que todas as coisas trabalham juntas para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles a quem ele chamou de acordo com o seu plano. Porque aqueles que já tinham sido escolhidos por Deus ele também separou a fim de se tornarem parecidos com o seu Filho. Ele fez isso para que o Filho fosse o primeiro entre muitos irmãos — na NTLH.

B. A Semelhança entre nós e Jesus deve ser perfeita.

1. Seremos plenamente como Jesus no Futuro.

  • O apóstolo João disse que existe um aspecto escatológico – relativo ao final dos tempos – nessa questão da nossa semelhança com Jesus em 1 João 3:2: “Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é”.

  • Paulo concorda com essas palavras em Romanos 8:16—19, onde lemos: “O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados. Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós”. Ver também 1 Coríntios 15:49.
 2. Nossa imagem presente de Jesus:

  • Jesus disse que Ele era a luz do mundo – ver João 8:12. Assim, Jesus também diz em Mateus 5:14—16 o seguinte: “14  Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”.
  • Jesus é nosso mestre e nós somos seus discípulos. A nós bata sermos como o nosso mestre, conforme Mateus 10:25: “Basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo, como o seu senhor. Se chamaram Belzebu ao dono da casa, quanto mais aos seus domésticos?”
3. Porque devemos nos parecer com Deus hoje, somos exortados a:

  • Efésios 4:32 – “Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou”.

  • 1 João 4:3—10 – “E todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo. Filhinhos, vós sois de Deus e tendes vencido os falsos profetas, porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo. Eles procedem do mundo; por essa razão, falam da parte do mundo, e o mundo os ouve. Nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus nos ouve; aquele que não é da parte de Deus não nos ouve. Nisto reconhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro. Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados”.

  • Colossenses 3:1—11 - Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra; porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus. Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória. Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria; por estas coisas é que vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. Ora, nessas mesmas coisas andastes vós também, noutro tempo, quando vivíeis nelas. Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar. Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou; no qual não pode haver grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é tudo em todos.
C. Transformação.

1. A vida cristã é uma vida de progressão contínua. Não existe “mágica” e nada é automático. Por esse motivo Paulo nos incentiva com as seguintes palavras:

  • Efésios 4:15 – “Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo”.

  • Colossenses 3:10 – “E vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou”.

2. O crescimento da vida cristã é portanto um processo. Um desenvolvimento contínuo. A função da Educação Cristã é suprir aquilo que é necessário para um crescimento saudável e normal.

3. A Educação Cristã tem que se preocupar com a vida, com o crescimento da vida eterna que se encontra dentro da personalidade humana em direção à semelhança de Jesus.

4. A Educação Cristã deve se preocupar com a transformação progressiva do cristão, no caráter, nos seus valores, na motivação, nas atitudes e, especialmente, no entendimento do próprio Deus.

C. Edificação Mútua

1. O chamado dos crentes é para a edificação mútua. Veja as passagens a seguir que enfatizam essa verdade:

  • Efésios 4:12, 16, 19 e 29“12 - Com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo,

  • 16 de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.

  • 19 Os quais, tendo-se tornado insensíveis, se entregaram à dissolução para, com avidez, cometerem toda sorte de impureza.

  • 29 Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem”.

  • 1 Coríntios 4:4—5; 12 e 17 – “4 - Porque de nada me argúi a consciência; contudo, nem por isso me dou por justificado, pois quem me julga é o Senhor. 5 - Portanto, nada julgueis antes do tempo, até que venha o Senhor, o qual não somente trará à plena luz as coisas ocultas das trevas, mas também manifestará os desígnios dos corações; e, então, cada um receberá o seu louvor da parte de Deus”.

  • 12 – “E nos afadigamos, trabalhando com as nossas próprias mãos. Quando somos injuriados, bendizemos; quando perseguidos, suportamos”.

  • 17 – “Por esta causa, vos mandei Timóteo, que é meu filho amado e fiel no Senhor, o qual vos lembrará os meus caminhos em Cristo Jesus, como, por toda parte, ensino em cada igreja”.

2. Para se alcançar esse objetivos, Deus nos concede dons espirituais conforme podemos ver em:

  • Romanos 12:

Ø  Versos 3—8 apresenta uma lista de dons que nos ajudam na edificação mútua.

Ø  Versos 9—18 – Nos mostra como o relacionamento dentro da comunidade possibilita a prestação desses serviços.

  • 1 Coríntios 12—14 – Paulo fala do fato de que os dons devem ser usados para edificar o corpo de Cristo que a Igreja.

  • Efésios 4 – Nos apresenta outra lista e enfatiza a unidade que deve existir no corpo de Cristo, a Igreja.

  • 1 Pedro 4:10 – Pedro ilustra o serviços mútuo usando uma linguagem figurativa emprestada da luz passando pelo prisma e se dividindo em várias cores. Assim também acontece com a graça de Deus: uma vez que a graça de Deus é derramada sobre a Igreja o Corpo de Cristo, ela se manifesta em uma multiplicidade de dons: “Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus”.

Conclusão:

A. Temos que reconhecer que aquilo que distingue nossa fé cristã de outras é o fator vida que está implantado em nós pela ação do Espírito Santo.

B. O Objetivo da Educação Cristã é fazer essa vida crescer até nos tornar semelhantes a Jesus Cristo com a ajuda dos meios da graça que Deus disponibiliza:

  • Sua graça.

  • Estarmos colocados em um único Corpo de Cristo, a Igreja.

  • Distribuição de Dons.

  • Sua Palavra Escrita — a Bíblia — para nos orientar e Santificar.

  • Sua Palavra Viva – Jesus – para nos guiar, pois Ele é o único caminho.

  • O Batismo que aponta de forma permanente para Jesus, o verdadeiro Salvador.

  • A Ceia do Senhor que nos sustenta espiritualmente.

C. Como educadores cristãos precisamos acima de tudo viver vidas que valham à pena serem reproduzidas nas vidas de nossos alunos. Como disse Jesus em João 6:63: “O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida”.

D. Assim temos, até agora:

  • O que distingue o cristão das outras pessoas é a vida verdadeira que ele possui. Essa vida também distingue o Corpo de Cristo, a Igreja de qualquer outra instituição humana.

  • Depois temos que compreender que a vida que possuímos de Deus tem um caráter distinto. Seu propósito em nós é nos transformar, dia a dia, em pessoas cada vez mais parecidas com Jesus.

  • Para que tudo o que mencionamos acima seja real e verdadeiro é necessário que os cristãos vivam em comunhão. Somente esse tipo de relacionamento poderá produzir o amadurecimento de cada indivíduo.
OUTROS ESTUDOS DESSA SÉRIE PODEM SER ENCONTRADOS NOS LINKS ABAIXO:

001 — O QUE É UM CRISTÃO? =

002 — O QUE A IGREJA FAZ? =

003 — QUAL É O PROPÓSITO DA EDIFICAÇÃO NA IGREJA? =

004 — O NOVO MANDAMENTO DE JESUS =

005 — O TESTEMUNHO DOS CRISTÃOS =

006 — ENSINANDO A PESSOA TOTAL =

 007 — O DISCIPULADO COMO PROPÓSITO =

008 — ENSINANDO A PESSOA TOTAL =

009 – A COMUNHÃO DOS CRENTES EM AÇÃO

010 – UM RESULTADO ABUNDANTE

011 – PARA QUE SERVE UM PASTOR

012 – O LÍDER SERVO

Que Deus abençoe a todos.


Alexandros Meimaridis

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Nota:
O material Acima foi adaptado do seguinte livro: Richards, Lawrence. Teologia da Educação Cristã. Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, São Paulo, 1980.

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